sábado, 11 de outubro de 2008

Pois é... então.

É importante pra mim e de repente já não faço. É importante pra mim e não de repente já não tenho. É importante pra mim e ironicamente já não sou.
E o resultado da escassez dessas importâncias todas é alguém que eu desconheço e que, mesmo sem conhecer, não gosto.
Manipulável, submisso, alienado, ignorante, fraco, desequilibrado. Esse alguém.
A coexistência é problemática, o processo é sempre sofrido. A transformação nos repentes - vários - é desagradável (bilíssima).
Não se pode separar, como se fossem seameses ligados pelo cérebro. Não... pelo coração. Esse tão prejudicado, coitado. Amassadinho e machucado que só!
A interminável batalha infinita, pra sempre, sem fim e eterna de cada dia. De cada dia do vinte anos, quase vinte e um.
Em décadas é mais imponente... então em cada minuto das últimas duas décadas. Parece mais agora, não?
Porque é mesmo assim. Tudo questão de ângulo, de referencial. O olhar, o prisma, o blá blá blá, o diabo a quatro!
Não é simples. Nada é. Por que eu, relis mortal, teria tanto? Simplicidade é pra quem pode. E eu, aparentemente, não posso.
Auto-flagelação psicológica constante, física eventual e cardíaca cotidiana. Pois é. O pobre tá mesmo debilitado.
E aturar, às vezes, é impossível. Mas a vida passa e eu acompanho... só com os olhos. Atada num toco, como um jegue. No mesmo toco que de vez em sempre maltrata o vermelhinho. Motosserra, valei-me!
Aparentemente nonsense. Mas são obviedades, intertextualidades, falta de promiscuidades, excesso de saudades, transbordamento de vontades, insatisfação com sociedades, realidades, barbaridades. Num contexto.
E lê-se no subtexto, na deselegância das palavras, as incoerências justapostas, solicitando ferozmente o direito de existir.
"Há que incoererse, pero sim perder la compostura jamás!"
Faz tempo. Quase dois. Provavelmente um pouco mais. Aqueles mesmos quase vinte e eu.
Coexistir consigo é muin difíss!
Conviver comigo não deve ser também assim tão fácil.




[03.dez.08]