quarta-feira, 23 de setembro de 2009

trintaeumpontoagostopontodoismilenove

Absorta, absorvida. Quiçá um dia absolvida. Impregnada por uma subjetividade pesada, por uma introspecção nervosa. Contradição crônica numa certeza absoluta. Infectada dos pés à cabeça pela delícia de se viver a incoerência. Esta que flui de cada poro e jorra na cara daqueles que se ofendem com a felicidade alheia - incapazes, invejosos, não-felizes. Mas impera a necessidade. Essa que é velha, mas que se faz inconvenientemente presente nos últimos turbulentos dias. Os últimos mil e trinta e nove dias. Tudo volta, e se mistura. E aí desanda. Por que tanto ponto, tanta pausa, tão quebrado? Incapacidade, meu caro. Meu caso. Fragmentada que sou, em pedaços que estou... que outra forma de me expressar senão aos poucos, a prazo? Um esconder-se explícito. Simples, na verdade. Um tanto quanto claro. Mas não óbvio. O óbvio cansa, é monótono. O negócio é instigar. Decifra-me e te devoro. É isso. Desejo. Volúpia. Carência. É capaz? Será? Se for, te quero numa entrega involuntária. Se consegue, me tem, mesmo sem sabermos. Mas não creio. Não. Um estudo de obra interessante. Audácia. Prepotência. E novidade. Investimento. Repito, como todos os direitos reservados a ela: "não se preocupe em entender. Viver ultrapassa qualquer entendimento."