sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ex

Espreme.
Aos poucos ou de uma só vez, sai.
Nem sempre tudo, mas sai.
Pronuncia-se, protuberante.
Exige espaço, imediatista.
Às vezes inflama, e dói.
Às vezes alivia quando sai, mas mancha. Marca.
Procura expressar-se no externo da coisa. É a liberação do algo interno.
Não espinha. Escrita.
Expele sentimentos em forma de palavras, escarra os amargos gostos e expõe os desgostos em linhas.
Extrai o machucado e o torna vivo em exclamações vermelhas, estende o sofrimento em rimas pobres. Explode.
E espera sentada que a dor se extinga.

3 pitacos:

Etienne. disse...

Digo, que essa espera é o estopim para algo novo explodir.

Cyntia Pinheiro disse...

Texto tão visceral... que dói na gente!
Bravo!

O Verme Verde disse...

AHHH! Minha amiga, você é ão fodásticaaaaaaaaaaa. Apoteose virtuosa, cataclisma, moletom! Beijos!