sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Pacote

Essa necessidade ridícula de saber-se amado, de sentir-se amado... esse falso altruísmo de quem não se contenta em amar.
Esse amor que é lindo, enorme, puro, mas que só alimenta quando é você o prato principal.
Essa dependência sentimental humana, esse egoísmo tão característico da raça, esse endeuzar-se camuflado, de quem almeja o amor alheio para sentir-se mais completo.
Amar devia bastar. Se é tanto, deveria ser suficiente, independente, bastante. Total.
Mas a culpa é da comunicação. Há uma incompatibilidade com o que deveria ser o mais feliz dos sentimentos. Quando se descobriu o feedback, o amor se transmutou em mendigagem sentimental disfarçada.
O amor ao próximo é, na verdade, o par do amor próprio. Não são sinônimos, nem tão pouco independentes. Vêm em dupla, em par. Um kit. "Eu te amo se você também me amar".
Todos compram. Capitalismo emocional.

1 pitacos:

Raíssa disse...

Putaquepariu!

Assino em baixo.
Pode?