segunda-feira, 29 de março de 2010

existencieu.

As limitações do corpo e da mente se encontram em ponto limítrofe: o momento crucial em que o indivíduo questiona sua própria funcionalidade.
Até onde se é necessário? Ates disso: é-se necessário em algum momento? Ou se nasce destinado à insignificância, ao anonimato simpático?
Existir sem ser, estar sem pertencer. Um corpo flutuando no espaço, apenas. Uma cadeira, um saco de cimento, um grampo de cabelo, uma pessoa qualquer. Como outra qualquer.
Não um ser. Por não ser nada. É um.
Uma poeira no canto do armário. Um armário sobre outro. Um armário sobre uma pessoa. Uma pessoa sobre outra. Um nada sobre nada. Uma sobra.
Somatório de indiferenças. Quoeficiente nulo, conjunto vazio, sujeito oculto, indeterminado.
Indigência existencial.
Qual é o reason why? É isso, então: nada?
Nascer para ocupar espaço e sobreviver por falta de opção... muito digno.
Criativa é a morte. Nada se sabe a respeito, nem mesmo se é também um nada. Mas há possibilidades. E possibilidade é tudo. Morte é tudo, então?
Duvidar é a saída - pela porta dos fundos, da frente... não importa, mas em direção ao...
Feliz é talvez. Talvez é eternidade.

3 pitacos:

O Verme Verde disse...

Eternidade é infinito, infinito é eterno. É vago? Claro. Mas e o cheio? Meio cheio, meio vazio, meio no meio, limite eterno no infinito do meio termo. A poeira vem e se agente deixa, acumula-se.

O Verme Verde disse...

AHHH, um dos seus vários melhores textos. BGOZ

Raíssa disse...

Só pra concordar com o Sam. Já que não me atrevo a dizer nada...