sexta-feira, 7 de maio de 2010

existencieu III

Eu não tenho nada além do que sou, no entanto nem a mim pertenço. Sou como poeira sem dono, flutuando. E o que sou é insabível. Nada tenho a oferecer. As palavras me saem voluntariosas. São espasmos, reflexos. Saem de mim como num suicídio inadiável, pra morrerem num papel sem destino. Um eterno flutuar.
Da poeira que se é ao pó que se gera. Tudo flutua. Orbita.
Poeira.
Pó.
Pó.e.sia.

2 pitacos:

O Verme Verde disse...

Se eu pudesse te reduzir a uma palavra só, procuraria no início. Onde o sol era menor. E tinha que ser pequenina, pra caber numa caixinha. E que fosse o fim também e era só. Por mais que eu feche os olhos, pense em algo melhor, a única alternativa, que te resume a vida é o pó.

Dann Carreiro disse...

Dando um pitacoprati...

Primeira vez que vejo o blog, adorei textos e poesias e prosas poéticas..hhehe